Você já ouviu falar em árvore genealógica? Nunca? Ficou curioso e quer saber mais sobre o assunto? Então embarca com a gente e vem saber tudo sobre o que é e como fazer a árvore genealógica e como isso pode te ajudar a descobrir a sua origem e a da sua família.
Como todo post que produzimos aqui no blog, antes de fazer qualquer conteúdo, normalmente vamos em busca de informações, estudamos sobre o assunto para então começar a produzir o texto. Pois bem, no post de hoje, sobre a árvore genealógica, por muita gente pensar que se trata de um assunto complicado, resolvemos fazer diferente.
Antes de pesquisar em qualquer site ou livro a definição de árvore genealógica conversamos com quem um dia também não fazia ideia do que isso significava. Isso para – como ela mesmo disse, passar informações de pessoa para pessoa.
O que é a árvore genealógica?
O nosso bate papo para produzir este conteúdo sobre árvore genealógica foi com a Jeniffer Correa Mendes. Ela nos contou um pouquinho sobre como descobriu o significado e a importância da árvore genealógica tanto para quem tem interesse em obter a cidadania italiana quanto para saber a origem de sua família.
Segundo Jeniffer, a árvore genealógica é uma forma de organizar a origem e gerações da família.
“[…]A partir do momento que eu faço a minha árvore genealógica, eu consigo identificar as informações que eu preciso levantar. Então começo comigo, tenho que levantar os meus dados, nome completo, data de nascimento, onde está o meu documento de nascimento, casamento. Para os meu pais, a mesma coisa, organizar as datas deles, onde casaram, onde foram registrados os nascimentos e assim por diante”, explica ela.
Para ela, a árvore genealógica é uma forma de colocar no papel a sua linhagem, a de sua família e uma maneira de organizar os dados que você precisa buscar, que precisa registrar.
Mas, por onde começar?
Jeniffer conta que há algum tempo começou a pensar na possibilidade de solicitar a sua cidadania italiana. Logo, um dos primeiros passos foi começar a levantar algumas informações com o seu avô e buscar por conta própria registros em cartórios.
No entanto, acredita que se tivesse iniciado a busca pela árvore genealógica teria informações mais fáceis e precisas.
Mas, afinal, como montar uma árvore genealógica? Bem, hoje, existem diversos aplicativos e sites que oferecem bases de dados para cruzar sobrenomes e descobrir familiares distantes. Algumas dessas plataformas contam com recursos que vão desde o reconhecimento de documentos para extração de dados e digitalização online até o acesso a cópias de arquivos de outros países.
Além, é claro, de também poder contar com o serviço de mapeamento da árvore genealógica realizado pela nossa consultoria especializada, que ajuda na estruturação dessas informações.
Ao utilizar um desses recursos tecnológicos é possível desenhar de uma forma organizada a árvore genealógica e se por acaso um parente distante, mas que seja do mesmo antenato que o seu, já montou a árvore dele com os dados que você precisa, essas informações serão cruzadas.
Jeniffer relembra que começou a montar a sua árvore genealógica brincando, em uma conversa informal com o seu avô, onde perguntou informações sobre o seu bisavô, a cidade onde havia nascido e outros dados.
Neste bate-papo, ela descobriu que seu avô não havia conhecido o avô dele (o italiano, no caso o seu trisavô), que havia falecido antes dele nascer. E a avó do seu avô (a italiana, no caso sua trisavó) faleceu quando ele tinha apenas 8 anos. “[…] E essa informação já foi valiosa para que eu fizesse as contas e soubesse mais ou menos o ano de falecimento do meu trisavô e assim pude entrar em contato com o cartório e solicitar o documento. É possível passar um período em que deseja iniciar a busca para o cartório e assim conseguir as informações”, diz ela.
Após conseguir as informações com o seu avô, Jeniffer imputou os dados na sua árvore genealógica, como o nome do seu trisavô, que é o seu antenato que veio da Itália para o Brasil (ela só tinha a certidão de óbito, mas não de casamento que é extremamente importante), e a plataforma mostrou que já havia uma pessoa com o mesmo nome do seu antenado cadastrado e viu que era a mesma pessoa que ela estava procurando.
A partir do momento que ela aceitou aquele cruzamento, a sua árvore abriu. Ou seja, as informações que ela nem estava procurando, o banco de dados alimentou a árvore genealógica da sua família.
“[…] Porque alguma pessoa já tinha ido atrás dessas informações e já tinha alimentado essa plataforma. Por isso acredito que é extremamente importante iniciar qualquer busca que você for fazer pela árvore genealógica. Porque se alguém já foi atrás desses documentos e imputou na árvore em alguma plataforma, já vai te dando um direcionamento. Inclusive muitas vezes de onde está este documento. Eu sabia que o meu trisavô era o italiano, mas a partir do momento que achei as informações na árvore, descobri as datas, em qual comune estava, até a página do livro em que ele foi registrado na Itália”, explica ela.
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E o que é preciso para montar uma árvore genealógica?
Informações. Mesmo que a pessoa não tenha as datas corretas, Jennifer explica que o importante é ir em busca dessas informações com as pessoas mais antigas da família.
“[…] Para quem ainda tem avós, vá visitá-los, as tias-avós também. Nossa, para pessoas de mais idade acredito que não há prazer maior do que ter alguém interessado e perguntando sobre a vida deles, histórias antigas, eles gostam muito”, opina ela.
A importância da árvore genealógica
Como já falamos no início do post, a importância de fazer a árvore genealógica é de organizar e saber a origem de uma família, além de facilitar as buscas de documentos para quem tem interesse em conseguir a dupla cidadania.
No caso de Jeniffer, ela conta que iniciou o processo da cidadania italiana com o foco de levantar todos os documentos para identificar o trisavô. No início, dizia que iria atrás porque se um dia tivesse filhos poderia transmitir esse benefício a eles, para morarem e estudarem fora.
Hoje, a opinião dela já é outra. “[…] Hoje eu falo exatamente o contrário, quero a cidadania italiana para mim mesmo, para ter oportunidade de morar fora, seja em que momento for. Hoje, eu faço questão de ter a cidadania reconhecida e não apenas por benefício, mas porque isso se tornou um desafio para mim e também poder dar esse orgulho para o meu vô, que eu fui atrás da história da família dele, que ele super se orgulha, fala para os amigos que a neta dele descobriu coisas que nem ele mesmo sabia. Então com certeza isso vai trazer muita alegria para ele e eu vou usufruir muito”, conta ela.
Jeniffer Correa Mendes com sua mãe e seu avô, com quem conversou muito para obter as informações para montar a sua árvore genealógica
Curiosidades ao montar a árvore genealógica
Questionada sobre um fato curioso que poderia ter acontecido durante a saga da montagem da árvore genealógica de sua família, Jeniffer relata uma história engraçada que o seu avô contou, de que a família de seu pai (no caso bisavô dela) era da Itália e a família da sua mãe da Áustria. Porém, o sobrenome da sua mãe, Hungria, na verdade não era esse. Ele contou que o sobrenome Hungria surgiu quando seus tataravós chegaram ao Brasil, mas acabaram mudando o sobrenome deles.
E isso acabou despertando a curiosidade de Jeniffer, que depois de ouvir o que o seu avô contou, colocou na sua árvore genealógica para ramificar também o outro lado da família. Então, ela inseriu o nome da sua bisavó materna e dos pais dela, da família Hungria, e foi a partir desse momento que a árvore genealógica ramificou.
Mas, o que ela descobriu é que as pessoas que já haviam pesquisado sobre a família Hungria haviam descoberto o sobrenome verdadeiro deles, inclusive a região que eles viviam, o antigo Austro-Húngaro, que hoje é a República Tcheca. Na verdade, o sobrenome verdadeiro deles era Lichnovsky, e ao chegarem aqui no Brasil, como o pessoal da imigração não sabia falar o sobrenome, viu que o casal recém-chegado vinha da região Austro-Húngaro e decidiu colocar o sobrenome Hungria. Pensa que bagunça?
Ela conta que ao imputar o sobrenome verdadeiro da sua trisavó na árvore genealógica teve uma surpresa! “[…] E nisso a árvore ramificou de uma forma que hoje eu tenho até um grupo de WhatsApp da família Lichnovsky, que inclusive tem um livro escrito sobre a imigração das pessoas dessa região para o Brasil e tem o nome do meu trisavô. Ou seja, em uma busca eu encontrei histórias e informações da família do meu avô que ele nem sabia e se eu não fosse atrás, ele nunca saberia”, diz ela.
Muito bacana, hein? Como chegamos à conclusão durante o post, os benefícios de fazer a árvore genealógica não são apenas para quem pretende obter a cidadania e com isso facilitar a busca pelos documentos.
Podemos dizer que vai muito além disso, é uma reconstrução e o resgate de várias histórias de família que poderiam mesmo ficar esquecidas. E além de tomar conhecimento dessas informações é possível deixar tudo isso registrado para as futuras gerações e nunca mais perder esses dados.
Jeniffer ressalta o valor de construir a árvore genealógica e a importância que isso teve em sua vida e principalmente na da sua família.
“[…] Eu já cheguei em um momento que claro, tem todos os benefícios de ter a cidadania, o passaporte europeu, eu vou ter um benefício físico, mas eu acho que é muito mais do que isso. Então, hoje eu indico para todas as pessoas e não é somente para buscar informações para cidadania, nada disso. É para buscar informações sobre a sua família, a sua história, poder colocar isso registrado para posteridade. Eu tenho certeza que as pessoas que virão no futuro para a minha família, eles vão saber essas histórias porque eu vou deixar registrado, com certeza, afirma.”
E agora que você já sabe mais sobre o que é a árvore genealógica, pretende fazer a sua também? Conta para a gente nos comentários, queremos saber!
Ah, e se precisar de ajuda para montar a sua árvore genealógica, pode contar com a nossa ajuda, hein? Temos uma equipe especializada em genealogia e será um prazer auxiliar no resgate da história e origem da sua família.
Com imagens: ShutterStock