Sim, o governo português abriu mais de 900 vagas para médicos de família em Portugal. Entre os benefícios está o aumento salarial em torno de 40%. Essa é uma medida emergencial para combater a carência de profissionais. Saiba mais!
Neste mês de abril, o Ministério da Saúde português confirmou a abertura de mais de 900 vagas direcionadas a médicos de família em Portugal, sendo que em alguns dos agrupamentos de centros de saúde os salários irão subir cerca de 40% como uma maneira de atrair os profissionais dessa área.
Entre os motivos para que essa decisão fosse tomada pelo governo português está o fato de que muitas regiões lusitanas sofrem com a escassez de profissionais na área da saúde, especialmente de médicos de família em Portugal.
Já entre as zonas com maior carência destacam-se Lisboa e o Vale do Tejo, pois passam pela maior insuficiência dos últimos oito anos. Ao todo, o número de pessoas que necessitam desses profissionais chega a mais de 1,6 milhões.
O processo seletivo para as colocações está previsto para começar em breve. Entretanto, um dos maiores problemas que o governo deverá enfrentar é a escassez de médicos formados, uma vez que apenas 355 especialistas já concluíram a residência médica.
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Segundo Manuel Pizarro, a principal medida estrutural para resolver o problema da falta de médicos de família em Portugal é aumentar a quantidade dos profissionais, dando destaque para aqueles que já estão em formação, sendo que desses, 507 já estão sendo preparados desde janeiro.
Outra providência importante é a expansão das Unidades de Saúde da Família [USF], especialmente aquelas que pagam por desempenho, isto é, as USF Modelo B.
Ainda de acordo com o responsável, “As 900 vagas vão atingir todos os locais do país onde há necessidade de médicos de família”. Além disso, o ministro também confirmou que a data prevista para a abertura do concurso será ainda em abril.
Já como uma maneira de reter os médicos de família em Portugal, no Serviço Nacional de Saúde (SNS), acima de tudo nas áreas onde são mais necessários, o representante do Ministério da saúde apresentou duas novidades:
– Nas colocações onde existe essa deficiência haverá um acréscimo na remuneração de 40%. Ou seja, essa será uma mudança destinada aos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), uma vez que 25% dos usuários desse serviço encontram-se sem esses médicos;
– Ainda nesse sentido haverá um novo modelo de contrato com uma cláusula que exige um comprometimento de locomoção por parte do profissional de saúde. Isso é, caso o contratado ocupe uma vaga num ACES do Norte, ele comprometerá a deslocar-se, até 1 de janeiro de 2026, ao grupo mais carente de Lisboa e do Vale do Tejo.
Conforme os esclarecimentos fornecidos no anúncio, essas vagas serão limitadas a 20 especialistas qualificados, pois o governo irá testar esse novo modelo de contratação.
Manuel Pizarro também relembrou que o SNS consegue reter entre 60 e 70% dos médicos formados no país. Um exemplo que ele utilizou foi o último concurso aberto nesse ano, que deu a oportunidade para 137 diplomados do departamento de medicina geral e familiar no segundo semestre de 2022.
Nas declarações finais, o ministro informou que o compromisso total ao qual se referem deverá ter início com os médicos de família em Portugal que atuam nas USF e que possuem um modelo de pagamento vinculado ao desempenho, bem como dos centros de responsabilidade integrados nos hospitais, equipes dedicadas no pronto-socorro e que depois essa expansão terá um aumento gradativo.
Com informações e imagens de: vejaabril.com; codigomed.com; portugal.gov.pt; observador.pt.