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Fique por dentro: história da Fontana Di Trevi

É praticamente impossível encontrar um turista que foi a Roma e não visitou suas famosas obras. Mas, como elas surgiram? Conheça a seguir a história da Fontana Di Trevi, um dos monumentos mais esplendorosos de toda a Itália.

Bom, a história da Fontana Di Trevi, assim como ela, é recheada de grandiosidade. Ou seja, não é à toa que em meio a inúmeras fontes que existem, não apenas em Roma, mas em toda a Itália, ela é a mais visitada.  

Sendo assim, se você é um apaixonado por arte, história e arquitetura não pode deixar de conhecer não só este monumento, mas a história da Fontana Di Trevi.

Mas, primeiro, por que o nome Trevi?

São várias as teorias, mas, de acordo com historiadores, a explicação mais aceita é que a palavra “Trevi” deriva do latim “Trivium” que indica um cruzamento de três ruas.

História da Fontana Di Trevi

Um dia, (ele vai chegar, pode apostar!), quando você estiver andando pelas ruelinhas de Roma e encontrar uma aglomeração de pessoas pode ter uma certeza: eles estão em busca daquela que possui beleza imponente, a maior fonte barroca da cidade que foi construída lá no século XVIII. 

Antes de tudo, ela era apenas um aqueduto chamado Virgo (Virgem), que tinha 21 km de comprimento, sendo 19 deles no subsolo, construído por Marcus Vipsanius Agripa, cerca de 19 A. C., para abastecer os banhos termais que ele construiu no Campo de Marte, no Panteão. Entretanto, ele foi danificado pela invasão dos ostrogodos em 537 e depois das invasões bárbaras, a última parte do aqueduto foi abandonada.

Mas, por que esse nome, vocês devem estar se perguntando. Segundo o livro “De aquaductibus Romae commentarius”, o aqueduto leva o nome de uma senhora virgem que os soldados romanos encontraram quando estavam com sede e cansados. Diz a história que ela os levou a uma fonte de água que estava entre dois dos muitos caminhos que levam a Roma. Essa lenda está escrita em um baixo-relevo situado no alto da fachada da fonte.

Quando o Renascimento começou, os Papas passaram a decorar o final de todos os aquedutos que existem na cidade com grandes fontes ricamente adornadas. 

O então Papa, Pio IV, encomendou a Jacopo Della Porta a construção de uma nova fonte e a restauração dos tubos até a fonte original antiga. O projeto foi concluído em 1570 e tinha uma disposição diferente, de frente para o oeste.

Aí então, na época do Papa Urbano VIII, ele tomou a decisão de movê-la para que pudesse vê-la a partir do Palácio Papal no Monte Quirinal. Entretanto, o projeto, que foi desenhado por Bernini, nunca foi concluído devido à falta de fundos. 

Durante o Renascimento e o período Barroco houve diversas competições entre artistas e arquitetos que tinham o objetivo de redesenhar monumentos. 

Em 1730, o papa Clemente XII organizou uma nova competição e o projeto de Nicola Salvi venceu. A reconstrução começou em 1732 e foi concluída em 1762, quando a estátua de Oceano, feita por Pietro Bracci, foi colocada na parte central da fonte. Mas, infelizmente, Salvi não teve a oportunidade de ver seu trabalho concluído, pois morreu em 1751, deixando o trabalho pela metade. O responsável por finalizar o projeto foi Giuseppe Pannini, que substituiu as alegorias que representavam Agrippa e Trívia, pelas esculturas de Oceano e seu séquito.

Porém, as reformas não pararam por aí. A grife Fendi financiou um programa chamado “Fendi for Fountains”, dando suporte ao patrimônio histórico-artístico da capital italiana, com o objetivo de conservar e valorizar algumas fontes históricas de Roma. A reativação foi em 3 de novembro de 2015, sendo a maior reforma da fonte em mais de 250 anos.

Curiosidades sobre a História da Fontana Di Trevi

–   A fonte tem 26,30 m de altura, e 49,15 m de largura. 

– Todos os dias ela derrama 80,000 metros cúbicos de água. 

– O projeto da fonte de Trevi é baseado em três elementos arquitetônicos: uma fachada de travertino, estátuas de mármore carrara e um recife de travertino. 

– Ao contrário do que muitos pensam, no meio da fonte não está Netuno, mas sim a estátua de Oceano, com 5,8 m de altura, em sua carruagem levada por dois cavalos guiados por dois Tritões. Ela é a personificação de um imenso rio que corre ao redor da Terra e do qual todas as correntes de água derivam.

– Os cavalos são na verdade cavalos-marinhos e possuem personalidades diferentes, um tranquilo e o outro irritado. Essa é uma forma de representar o mar, às vezes calmo e seguro e outras vezes agitado e perigoso.

– Na parte esquerda do arco está a estátua da Abundância. Acima dela há um relevo mostrando Agripa comandando seus generais para a construção do aqueduto. 

– Na direita está a estátua da Saúde e sua coroa de louros. 

–  Na parte superior da direita há um relevo mostrando a senhora Virgem indicando aos soldados a fonte de água. 

– As quatro estátuas alegóricas localizadas no sótão representam os bons efeitos da chuva sobre a fertilidade da terra e as quatro principais colheitas que dependem de fornecimento de água.
* Sendo assim, a primeira estátua na esquerda segura o chifre da abundância e é símbolo da fartura das frutas.
* A segunda está segurando espigas e representa a fertilidade das colheitas, a fertilidade do solo.
* A terceira está segurando uma taça e cachos de uvas simbolizando as colheitas do outono.
* A última retrata a alegria das pradarias e jardins e está toda adornada com flores.

E para finalizar, como surgiu a lenda da moeda?

A história da Fontana Di Trevi não para por aí. Se você é aficionado pela Itália, então deve saber que há uma lenda muito famosa na qual diz que se o visitante jogar uma moeda na fonte, ele retornará a Roma.

Mas como surgiu esse ritual? De acordo com os italianos há duas explicações. 

A primeira é a de que os antigos romanos tinham o costume de jogar moedas em rios, lagos e, claro, em fontes. Desta forma, os deuses da água iriam guiá-los durante a viagem para que voltassem para casa em segurança. 

A segunda explicação é a de que a tradição foi inventada pela Igreja Católica como uma forma de arrecadar fundos para a manutenção da fonte. 

Há ainda uma crença para os apaixonados: três moedas para um bom casamento. E para os enamorados os costumes não param por aí. Há quem diga que o casal que mata a sede juntos na fonte permanece junto para sempre, pois há uma lenda antiga que conta que quando um jovem saía da cidade, ele levava a namorada até a fonte, ela enchia o copo e dava para o homem beber, logo depois o copo era quebrado. Assim, o amor não terminava mesmo com a distância.

 Interessantes, não é mesmo? Bem, lendas à parte, o fato é que todos os dias o valor de moedas jogadas na fonte chega a cerca de 3 mil euros e é repassado à associação religiosa Caritas, ou seja, um montante de cerca de 36 mil euros por ano. 

E você, agora que já conhece a história da Fontana Di Trevi, está pronto para um dia ir até Roma tirar a famosa foto em frente ao monumento e jogar a moedinha para garantir o seu retorno a este lugar encantador?

Com informações de: viagemitalia.com; arteeblog.com; viajoteca.com; viajandoparaitalia.com.br; emroma.com; eurotrip.com.br.

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