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Você está tirando a cidadania italiana e no meio de uma mudança chega também a notícia da gravidez… Dessa forma, como será a maternidade na Europa? Nós te contamos tudo a seguir, vem ler!

Fixar residência na Europa é o sonho de praticamente todos os brasileiros, enquanto a Itália é, praticamente, a paixão nacional. Então, se você já tirou ou se ainda vai tirar a cidadania italiana, se já tem filhos pequenos ou se pretende engravidar no exterior, e está curiosa para saber como é a maternidade na Europa, certamente este post é para você!

Contudo, uma coisa é certa, mãe é mãe em qualquer lugar do mundo, mas será que a maternidade na Europa tem mais vantagens ou desvantagens? Nós acreditamos que não existe o mais fácil ou mais difícil. Afinal, maternar é difícil em qualquer lugar do mundo, seja no Brasil ou na Itália. 

Maternidade na Europa para quem está de mudança

Antes de mais nada, mudar não é fácil e imigrar será sempre desafiador. Acontece que nesse período você estará com muitas coisas na cabeça e com emoções a flor da pele, então imagina com a mudança: adaptação a nova cidade, novo emprego, situação financeiramente instável, poucos momentos de lazer entre o casal, falta de uma rede de apoio ou de ter a quem recorrer como família e amigos.

Entretanto, na Itália, o ritmo de vida é outro porque as coisas parecem ser mais tranquilas que em outras partes do mundo. A grande diferença é, principalmente, o fato de que as mães realmente podem acompanhar os filhos, até mesmo as que trabalham fora, que no caso são a grande maioria.

Maternidade na Europa para quem já tem filhos

– Crescimento e amadurecimento: parece que na Itália as crianças se desenvolvem mais rápido do que aquelas que não tiveram que passar por essa experiência e, por isso, têm a capacidade de ampliar sua visão de mundo.

– Bilíngues: após superarem as dificuldades de um novo idioma, as crianças serão alfabetizadas em uma nova língua e terão muitas portas abertas por serem bilíngues.  

– Escola: para quem tem crianças pequenas é importante saber que o asilo nido (creche) é um serviço social pago em proporção à renda familiar. As gratuitas são apenas para pessoas com baixa renda. A partir de 3 anos, a criança tem acesso gratuito a Scuola dell’Infanzia (também conhecida como Scuola Materna). Ai então, do 1º ao 5º ano, as crianças estudam com as mesmas professoras durante os cinco anos.

maternidade na Europa

– Doenças: há médicos que são muito acessíveis em horário comercial e que atendem em casa.

– Autonomia e liberdade: não é novidade para ninguém que a maternidade na Europa, especialmente na Itália, é muito procurada por mães que buscam um país com qualidade de vida, especialmente nos quesitos segurança e infraestrutura. Por esse motivo, é fácil perceber que ao comparar as crianças da mesma faixa etária é provável que as italianas sejam muito mais independentes, isso inclui ir ao supermercado ou a escola sozinhos. 

– Responsabilidade: na Itália não é comum o fato de contratar diaristas ou babás para darem suporte, por exemplo, até porque custa muito caro. Por isso, as atividades domésticas acabam sendo responsabilidade de toda a família.

– Preconceito: surpreendentemente, se tivéssemos que destacar um ponto negativo seria esse. Acontece que com a quantidade de imigrantes não-europeus alguns moradores passaram a tratar os recém-chegados de forma mais “fria”.

maternidade na Europa família

 

Benefícios na Itália

Por ter baixos índices de natalidade, a Itália oferece muitos benefícios para quem deseja ter filhos. Entre eles estão: bônus pelo nascimento, bônus pelo terceiro filho, bônus por adoção, despesas da creche, desconto nas despesas da refeição da escola, etc. 

Licença Maternidade na Europa 

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi criada em 1919 com o objetivo de formular normas que garantem direitos básicos para todos. 

O que garante a Convenção 183 da OIT de proteção à maternidade
– Mínimo 14 semanas de licença à mãe;

– Recebimento de, no mínimo, 2/3 da remuneração;
– Proibido demitir mulheres grávidas, em aleitamento ou em período posterior ao parto; 

– Proibido exercer um trabalho considerado prejudicial ou perigoso a sua saúde ou a de seus filhos.

Na Europa, em geral, o período de licença maternidade pode ser maior que no Brasil. Outra boa notícia é a de que alguns países oferecem a licença paternidade, um direito que tem sido ampliado apenas recentemente em alguns países do mundo. Já o lado negativo é o fato de que muitos deles não garantem a remuneração integral durante o período de afastamento. Assim como na Itália, onde há a licença maternidade, é de cinco meses com remuneração de 80%. É o (Istituto Nazionale Previdenza Sociale) INPS na Itália, que é igual ao INSS no Brasil, quem fornece vários benefícios sociais.  

O Premio Alla Nascita (prêmio ao nascimento), de 2017, é um benefício fixo pago uma única vez, de 800 euros, para todas as mães que completaram o 7º mês, que deram à luz ou que adotaram). Além disso, esse valor não é considerado como rendimento tributável para fins de imposto de renda, ou seja, você não precisa pagar IR sobre ele.

Importante: para receber o auxílio você deve acessar o site do INPS e ficar acompanhando o status. Os pré-requisitos são ser cidadã italiana, cidadã da União Europeia ou extracomunitária – Desde que esteja presente e residente na Itália portando a Carta d’Identità e estar com o cadastro em dia no Ufficio Anagrafe do Comune de residência.

Com toda a certeza, você já aprendeu muito sobre ser mãe na Itália e sobre a maternidade na Europa, mas se ficou alguma dúvida ou se tem algum assunto que queira saber mais, deixa seu comentário aqui para gente!

Com informações de: bbc.com; scielo.br; sof.org.br; maesmundoafora.com

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